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Mostrando postagens de outubro, 2020

Coluna Asas #13 - Lugar de fala, dar protagonismo, roubar protagonismo (Evelyn Postali)

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  Licença Creative Commons Enquanto preparo o feijão para o almoço, reflito sobre pontos de mudança e evolução e como livros são importantes dentro desse contexto porque são ferramentas para promover a representatividade. São, sim, como muitos ainda dizem: janelas para o mundo. E ele é grande e carregado de realidades diferentes da nossa.

Coluna Asas #12 - E para escrever, o que resta? (Priscila Pereira)

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Recentemente descobri que não tenho o que é essencial para ser uma autora de sucesso. Não, queridos leitores, não é talento ou criatividade,  nem dom, seja lá o que for isso.  Sabe o que me falta? Tempo e energia. Soa familiar, não? 

Coluna Asas #11 - H. G. Wells à brasileira (Felipe Rodrigues Araujo)

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  A carreira do artista brasileiro Henrique Alvim Corrêa foi curta. Nascido no Rio de Janeiro e radicado na Bélgica, ele morreu aos 34 anos. Iniciou seus estudos sobre arte em 1894, na cidade de Paris, França, onde foi aluno do pintor Jean Baptiste Édouard Detaille (1848*1912), especializado em pinturas de cunho histórico e de tema militar. Três anos depois, começou uma série de leituras no intuito de executar um grande panorama circular com o título de Cerco à Cidade de Paris .

Coluna Asas #10 - Literatura contra a realidade tumbeira (Eduardo Selga)

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Única foto com escravizados em navio negreiro, de Marc Ferrez. Tapar o nariz e mergulhar fundo nas páginas da história brasileira pode ser uma experiência chocante, mas sem dúvida nos ajuda muito a entender que o momento presente não é fortuito: algumas de suas raízes, tão fundas que ancestrais, estão enterradas ao longo de séculos. Tragédia para muitos e comédia farsesca para muito poucos.

Coluna Asas #9 - Do que eu falo quando eu falo de corrida, de Haruki Murakami (Fabio Shiva)

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  Ao ler esse excelente livro, uma frase que ouvi em algum lugar ficou martelando na minha cabeça: “ Seja o que for que você faça, tem sempre um japonês se esforçando para fazer melhor, menor e mais rápido! ”   Essa frase jocosa, que expressa muito do espírito japonês do “ Ganbatte ” (algo como “faça o seu melhor”), também tem muito a ver com a vida e a obra do incrível sensei Haruki Murakami.

Coluna Asas #8 - Precisamos falar de Literatura Infantojuvenil (Renata Rothstein)

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  Abraçar o mundo, criar universos, misturar palavras, (des)construir versos. Eu tinha seis anos e lembro da minha mãe chegando da rua e me entregando um pequeno embrulho, um presente com um papel enfeitado com pequeninas flores cor de rosa, num fundo azul. A então menina, já imaginando tratar-se de um exemplar de revista com bonequinhas de papel, que vinha com roupinhas, também de papel, para serem recortadas e trocadas (era super moda, nos idos dos anos 1980, essas revistas), surpreendeu-se ao rasgar o papel bonito.

Coluna Asas #7 - Quando vamos parar de acumular livros e migrar para o digital? (Fil Felix)

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  A literatura continua uma das últimas coisas do velho mundo analógico que ainda resiste à modernização e digitalização. O motivo? Bom, esse gera controvérsias. O apego com o objeto livro ainda é muito forte, quase romântico, como o folhear das páginas, sentir o cheiro do papel, seu acabamento artístico ou simplesmente poder carregá-lo para onde for. Outro ponto, que muitos vão ter sua mea culpa , é o fator colecionismo: não sei se é de hoje ou não, mas há uma forte tendência em se ter mais livros do que se consegue ler. O livro na estante, a coleção comprada por um preço bacana, as promoções ou aquela foto bonita que vai para as redes sociais, mostrando as recentes aquisições, muitas vezes mascara a triste realidade de que nem metade desses livros serão lidos, nem hoje e nem nunca.

Coluna Asas #6 - A literatura e o isolamento (Cassio Rodrigues)

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  Imagem de Julie Jordan Scott, licença Creative Commons,  disponível no site https://www.flickr.com. Uma vez um amigo me disse que a literatura é a arte mais solitária de todas. Nem sei se é uma frase de sua lavra ou se ele citava alguém, mas aí a conversa continuou: o escritor de um romance,  por exemplo – o caso dele – passa um ou mais anos escrevendo uma história, revisando, trabalhando sozinho, concentrado, sem qualquer interferência externa, colocando sua arte “à prova” raramente, apenas quando uma boa alma atende ao apelo de ler uma primeira versão incompleta, fazendo-se de cobaia (bendita seja), lendo um tomo  que nem sabe se vai chegar ao final e será um best-seller, correndo o risco de terminar uma amizade (ou casamento) de anos somente pela sua opinião sincera (quando leu uma porcaria). Daí o livro vai para uma prateleira e fica lá, de ladinho, no meio de um monte de outros livros de tantos outros artistas solitários, esperando que algum leitor o adquira e finalmente aquela

Coluna Asas #5 - Malditas palavras mal ditas (Catarina Cunha)

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  Imagem de Gerd Altmann, site Pixabay A Coisa A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. (Mario Quintana)