Imagem de Julie Jordan Scott, licença Creative Commons, disponível no site https://www.flickr.com. Uma vez um amigo me disse que a literatura é a arte mais solitária de todas. Nem sei se é uma frase de sua lavra ou se ele citava alguém, mas aí a conversa continuou: o escritor de um romance, por exemplo – o caso dele – passa um ou mais anos escrevendo uma história, revisando, trabalhando sozinho, concentrado, sem qualquer interferência externa, colocando sua arte “à prova” raramente, apenas quando uma boa alma atende ao apelo de ler uma primeira versão incompleta, fazendo-se de cobaia (bendita seja), lendo um tomo que nem sabe se vai chegar ao final e será um best-seller, correndo o risco de terminar uma amizade (ou casamento) de anos somente pela sua opinião sincera (quando leu uma porcaria). Daí o livro vai para uma prateleira e fica lá, de ladinho, no meio de um monte de outros livros de tantos outros artistas solitários, esperando que algum leitor o adquira e finalmente aquela