Coluna Asas #29 - Sobre livros e pedras - (Giselle Fiorini Bohn)
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoYdHRkVlxB_MzP_uSOLyTVaQFkItA_oWN1STVGYsqZ_tEbsd3UVWueiZefh5zCRZVjzwPxujIiQ-39_KOKHyND6roAQA19WbAdymPKLa4AId_Fi7jCSyPNqN9m7jT4kej8mbFfnpOFmsc/s320/Imagem+de+PublicDomainPictures+por+Pixabay.jpg)
Outro dia, fui convidada a entrar em um grupo de amantes da literatura, cheio de escritores, ou assim supus. A primeira postagem perguntava o que havia de mais irritante na atual produção literária brasileira. Apesar de sentir que parecia haver ali uma provocação, eu, ingênua, lendo os vários comentários sobre “a praga da autoficção” e “o povo que acha que é escritor só porque autopublica um e-book de ficção científica ou de fantasia na Amazon”, entre outras pérolas, corri a dizer que, para mim, nada era irritante. Justifiquei que escrever no Brasil já era tão desafiador e frustrante que a última coisa que precisávamos era que nós, que ousamos escrever em ambiente tão inóspito, ficássemos torcendo o nariz uns para os outros.