Postagens

Mostrando postagens de junho, 2021

Coluna Asas #71 - Transformações na cultura brasileira - (Eduardo Selga)

Imagem
A cultura brasileira, em suas diversas dimensões, é fortemente influenciada pela oralidade. Tal característica vale também para a literatura, que é a manipulação da palavra com intenções estéticas, revelando, dentre outros aspectos, o quanto nossa sociedade valoriza essa forma de expressão. Como regra social, falamos muito, escrevemos pouco e mal. Tal processo é perceptível desde os primeiros anos da escola, quando a língua portuguesa não é devidamente mostrada como elemento da cultura da qual o aluno participa, e sim como ferramenta de transmissão de informações, apenas. É pouco, convenhamos. Somos criaturas estéticas (não digo sermos todos artistas), além de necessitarmos, por óbvio, do elemento prático do ato comunicativo. 

Coluna Asas #70 - Antologias de contos, poemas e A PERSPECTIVA DA VISIBILIDADE - (Evelyn Postali)

Imagem
  Em uma matéria anterior escrevi sobre a minha experiência como autora independente ( SER OU NÃO SER AUTOR INDEPENDENTE: EIS A QUESTÃO !). Hoje, vou contar como tudo começou, ou parte da história. E começou exatamente como você pensou, escrevendo e guardando na gaveta. Sim. Porque comecei com o papel e, hoje, não vivo sem o computador. Se ainda escrevo no papel? Acertou em cheio. Ainda uso papel para escrever, porque é nele que os rascunhos tomam forma. Você se senta em qualquer lugar com o bloco e um lápis ou caneta e vai rabiscando um esqueleto. Uma hora ou outra o esqueleto se enche de carne e sai andando por aí, pronto para ser lido.

Coluna Asas #69 - 18 parágrafos sobre Ulisses, de James Joyce - (Fabio Shiva)

Imagem
  1)     Hoje é um dia especial: terminei de ler “Ulisses”!!! Viva viva!!! Que dizer desse livro que eu achei chatíssimo até a metade (por volta da página 400), para então começar a gostar mais e mais e terminar achando uma obra linda, genial e muuuito louca???

Coluna Asas #68 - Elas na literatura #1: Anne Frank - (Renata Rothstein)

Imagem
  Anne Frank e um diário – escrito, vivido e sentido durante a II Guerra Mundial, em plena perseguição aos judeus , e que viria a ser um dos livros mais traduzidos da História, mais emblemáticos e significativos, representante não apenas de uma raça, mas da Humanidade como um todo, submetida aos descalabros de determinados e infelizes períodos da História (recente).

Coluna Asas #67 - Citando Os Invisíveis e sendo reféns de nossas cobranças - (Fil Felix)

Imagem
  “O mundo nos dá corda e tocamos sempre a mesma musiquinha, e achamos que ela é tudo o que somos.” – Grant Morrison em Os Invisíveis #3.  

Coluna Asas #66 - O que raios laser é Ficção Científica? - (Davenir Viganon)

Imagem
  Arte. Perdoem-me a resposta curta e seca para algo tão difícil de definir. É uma resposta curta, admito, mas tem o elemento que é tão fácil de se esquecer, de tanto que focamos no aspecto científico deste gênero que tanto amamos. A ciência da Ficção Científica é apenas uma variação das formas de escrever ficção. Digo escrever, pois foi na Literatura que a Ficção Científica nasceu. O pesquisador Alexander Meireles refere-se à FC como filha de uma mãe e dois pais. Nascida, primeiramente, pelas mãos de Mary Shelley (Frankenstein) e depois ganhando popularidade ainda maior com as obras de Jules Verne e H. G. Wells. Porém, o gênero recebeu esse nome apenas nos anos 1920, já em terras estadunidenses, nas revistas pulp , que popularizaram o gênero.

Coluna Asas #65 - Filosofia pateta - (Bruno de Andrade)

Imagem
Pato Donald está no meio de uma importante e acirrada partida de futebol. Na beira do campo, Mickey faz as vezes de treinador, exasperado com sua prancheta, tentando passar intricadas instruções para conduzir o time à vitória. Nada funciona. Eles precisam de um gol, o tempo vai ficando curto, a tensão aumenta. Piorando o já dramático cenário, algo urgente requer a presença do rato, e ele abandona seu posto por alguns minutos, já prevendo o desastre que será deixar o time nas mãos de seu abobado auxiliar: o sempre ingênuo e distraído Pateta.

Coluna Asas #64 - O juízo final - (Giselle Fiorini Bohn)

Imagem
  Há apenas um ano, embora escrevesse mais do que faço hoje, eu jamais me designaria escritora; faltava-me coragem de usar essa palavra. Até que, em julho de 2020, decidi enviar um pequeno conto a um blog de escritores, no desejo de ser lida por meus pares. Deu tão certo que não apenas me leram, como também me elogiaram. O medo da exposição, que até então dominara minha vida, ruiu assim, sem alarde. Adotei o título, ainda que reticente.   O que não sabia a recém-designada escritora aqui era que outro medo substituiria aquele.